Redesign: quando é a hora de mudar uma embalagem?

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O que acontece quando um site bastante conhecido altera completamente seu layout, retirando funcionalidades antigas e apresentando novas? Bem, há muitas reações possíveis, mas existem duas que podem ser facilmente identificadas entre o público: amor e ódio. Enquanto algumas pessoas são mais receptivas às mudanças e aprovam o visual escolhido, outras imediatamente expressam sua rejeição e declaram sua preferência pelo layout anterior.

Este é um bom exemplo para entender algo que também pode ser notado na nossa área: quando falamos em redesign de embalagens, há riscos grandes e recompensas ainda maiores. O processo de alterar uma identidade que já está estabelecida na mente dos consumidores exige pesquisa e pode ser ainda mais difícil do que criar um projeto do zero. Porém, muitas vezes essa estratégia é absolutamente necessária para uma marca.

Continue a leitura para conhecer alguns motivos para que ela aconteça!

Entendendo o redesign

Existe uma razão para a qual embalagens não mudam de visual a cada semana. Uma identidade visual forte é construída aos poucos e com a ajuda de um trabalho eficaz de branding. Para conseguir o reconhecimento do seu público-alvo, a marca precisa ser vista da mesma forma em campanhas, anúncios e prateleiras de supermercados, até conquistar um lugar no imaginário de uma pessoa.

Porém, em certas situações, o redesign é crucial para um negócio. Considere que o consumidor está exposto a novas ofertas e contextos o tempo todo, então suas associações com uma mesma marca ou segmento também estão em constante mudança. Imagine, por exemplo, um produto que tem a mesma identidade há décadas e começa a perder espaço para outros no mercado. Nesse caso, uma modernização no design de sua embalagem pode ser fundamental para revitalizar a marcar e relembrar pessoas da sua proposta de valor.

Para a sócia e fundadora da Pande, Marta Cardoso, o design de uma embalagem deve ser atualizado pelo menos a cada dois anos, em média, mas precisa estar em constante avaliação devido ao cenário dinâmico onde atua. As modificações não precisam ser drásticas: simples trocas de tipografia e cor, por exemplo, ou uma realocação sutil de elementos gráficos, são capazes de fazer uma diferença enorme, reconectando a essência da marca e os objetivos da empresa com o consumidor.

Confira: “Como escolher a tipografia ideal para um projeto?

Um exemplo disso foi o redesign promovido pela Catupiry, que modernizou a embalagem do seu produto clássico conservando uma série de características estabelecidas nos mais de 100 anos de existência da companhia. Já nos outros itens da linha, como o cream cheese  e o fondue, a estratégia foi associá-los de forma mais clara com a marca.

CASE-CATUPIRY

Outra das várias situações em que o redesign pode ser bastante útil é quando a marca precisa comunicar algum tipo de inovação do produto ou da própria embalagem. Se ela, por exemplo, consegue substituir o material que compõem suas embalagens por uma alternativa mais sustentável, a escolha de destacar essa novidade no rótulo para gerar mais valor para os consumidores pode ser bem vantajosa.

No caso da Fiber Mais, um outro exemplo de redesign, as embalagens foram alteradas para apresentar informações com mais clareza, em um segmento onde o consumidor não se sente à vontade de compartilhar a sua angústia. Os rótulos ficaram objetivos e as pessoas passaram a identificar com facilidade os benefícios do produto.

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Por fim, o redesign também é bem-vindo em ocasiões especiais, onde as mudanças serão temporárias. É o caso de eventos e datas – como Dia das Mães, Dia das Crianças, Natal e Copa do Mundo – e campanhas específicas, como a que foi promovida pela Skol para comemorar a 21ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 2017 (na imagem abaixo, à direita). As embalagens receberam as cores da bandeira LGBT e parte da venda do produto foi destinada à Casa 1, que acolhe jovens expulsos de suas casas por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

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Um dos segredos para que o redesign gere resultados positivos é saber até que ponto as mudanças devem acontecer e quais símbolos precisam ser mantidos. Se esse processo for bem planejado, ele pode ser uma oportunidade incrível para empresas que querem se reposicionar no mercado, chamando a atenção de consumidores antigos e conquistando novos.

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